domingo, 1 de novembro de 2015

El Día de Muertos

Uma das festas mais representativas do Dia de Finados é a que ocorre no México – o Día de Muertos o Día de los Muertos. Essa celebração tem origem nos antepassados pré-hispânicos, quando era comum a prática de conservar os crânios como troféus, para exibi-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento. Quando os espanhóis chegaram ao Novo Mundo, no século XVI, trouxeram suas próprias celebrações tradicionais para reverenciar os mortos. As tradições europeias e pré-hispânicas se misturaram, fazendo coincidir as festividades católicas do Dia de Todos os Santos e de Finados com o festival dos primitivos habitantes do México atual. 



  É uma festa muito animada,  com muita comida, doces e música. Os doces preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. 



Segundo a crença popular, nesse dia, os mortos têm permissão para visitar parentes e amigos. São montados altares, com profusão de velas, flores e incenso. As flores são os nossos conhecidos cravos-de-defunto, que lá têm o nome de cempasúchil, palavra que provém do náuatle e significa ‘flor de vinte pétalas’.

es.wikipedia.org
Uma das comidas mais tradicionais é o pan de muerto (pão dos mortos). É um pão doce, enfeitado com figuras em forma de osso e polvilhado de açúcar. Aqui tem receita.


Uma das figuras mais representativas da festa mexicana é a Catrina ou Calavera Garbancera, personagem criada pelo gravador e caricaturista mexicano José Guadalupe Posada. Calavera Garbancera foi o nome que Posada deu a ela; o muralista Diego Rivera a batizou de Catrina. Vou explicar rapidamente o que significa Calavera Garbancera (é difícil de traduzir, porque garbanzo se traduz por grão-de-bico). As pessoas que vendiam grão-de-bico (garbanzo) tinham sangue indígena, mas queriam ser europeus e renegavam sua própria raça, herança ou cultura. Já a palabra catrín era usada para designar um homem elegante e bem vestido, que ia acompanhado de uma senhora com as mesmas características. Era a imagem da aristocracia de finais do séc.XIX e inícios do séc. XX. Para saber mais, aqui.

Mural Sueño de una tarde dominical en la Alameda Central. À esquerda, Diego Rivera (menino) e Frida Kahlo; à direita, José Guadalupe Posada. (wikipedia.org)
A tradição mexicana do Día de Muertos foi declarada pela UNESCO patrimônio imaterial da Humanidade.

Numa postagem de 2010, Vamos celebrar os mortos, a Helena falou sobre a festa e colocou fotos de vários produtos artesanais com o tema da festa. A Helena tem este vestido, com estampa sugestiva, da Vivi.



Uma das nossas bolsas-baldinho foi esta, uma das mais cotadas da nossa lojinha.


Para terminar: penso que o Dia de Finados,  possui dois significados muito claros – os de honrar e celebrar os nossos ancestrais. Não devemos esquecer os que já se foram; devemos recordá-los com carinho – é a maneira terrena de consolar-nos a nós mesmos.
(por Cecilia, quase meia-noite)


Um comentário:

Eliane disse...

Oi que bom ver vcs de volta por aqui.Catrina é uma figura tipica de muita força nessa cultura. e me faz pensar que até o funesto pode ser belo de uma certa forma. Finados é momento de refletir sobre quem já foi e seus ensinamentos e de pensar no que nos deixaremos quando formos..
Gosto do cemitério, é lugar bom pra pensar. mas tem sido difícil de visitar ultimamente. Vi seus ultimos trabalhos no post anterior e gostei da ideia. O bloco cora coralina é uma delicia de fazer e usar. Um beijo da Elçiane.