domingo, 22 de novembro de 2015

22 de novembro - minha festa onomástica

Este dia é dedicado a Santa Cecília, padroeira dos músicos; por isso, hoje se comemora também o Dia do Músico. É minha festa onomástica, quer dizer, é a festa da santa que tem o meu nome. 
Conta a lenda que, perseguida pelas autoridades romanas por ser cristã, Cecília foi presa; quando estava prestes a ser executada, entoou um cântico de louvor a Deus. Foi em 1594 que o Papa Gregório XIII nomeou Santa Cecília padroeira da música. 

Kate Elizabeth Bunce (1856-1927)

Em 2011, fiz uma postagem chamada Novembro e Santa Cecília - recordar é viver ...
Hoje, quero citar algumas Cecílias que me falam ao coração. Vai ser minha homenagem.
A muito querida, pintora e escritora, Cecília Meireles; duas atrizes do cinema francês: Cécile Aubry (alguém conhece? Faz parte da minha adolescência) e Cécile de France; a desenhadora Cecília Murgel (amo seus trabalhos); a bailarina brasileira Cecilia Kerche; e a poderosa, majestosa, bonitonosa Cecilia Bartoli. Vai aí uma mostra:



De brinde, um bordadinho em ponto de cruz:

http://friendship-bracelets.net/alpha_pattern.php?id=2907
(por Cecilia - sem acento - nome herdado da minha avó paterna)

domingo, 1 de novembro de 2015

El Día de Muertos

Uma das festas mais representativas do Dia de Finados é a que ocorre no México – o Día de Muertos o Día de los Muertos. Essa celebração tem origem nos antepassados pré-hispânicos, quando era comum a prática de conservar os crânios como troféus, para exibi-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento. Quando os espanhóis chegaram ao Novo Mundo, no século XVI, trouxeram suas próprias celebrações tradicionais para reverenciar os mortos. As tradições europeias e pré-hispânicas se misturaram, fazendo coincidir as festividades católicas do Dia de Todos os Santos e de Finados com o festival dos primitivos habitantes do México atual. 



  É uma festa muito animada,  com muita comida, doces e música. Os doces preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. 



Segundo a crença popular, nesse dia, os mortos têm permissão para visitar parentes e amigos. São montados altares, com profusão de velas, flores e incenso. As flores são os nossos conhecidos cravos-de-defunto, que lá têm o nome de cempasúchil, palavra que provém do náuatle e significa ‘flor de vinte pétalas’.

es.wikipedia.org
Uma das comidas mais tradicionais é o pan de muerto (pão dos mortos). É um pão doce, enfeitado com figuras em forma de osso e polvilhado de açúcar. Aqui tem receita.


Uma das figuras mais representativas da festa mexicana é a Catrina ou Calavera Garbancera, personagem criada pelo gravador e caricaturista mexicano José Guadalupe Posada. Calavera Garbancera foi o nome que Posada deu a ela; o muralista Diego Rivera a batizou de Catrina. Vou explicar rapidamente o que significa Calavera Garbancera (é difícil de traduzir, porque garbanzo se traduz por grão-de-bico). As pessoas que vendiam grão-de-bico (garbanzo) tinham sangue indígena, mas queriam ser europeus e renegavam sua própria raça, herança ou cultura. Já a palabra catrín era usada para designar um homem elegante e bem vestido, que ia acompanhado de uma senhora com as mesmas características. Era a imagem da aristocracia de finais do séc.XIX e inícios do séc. XX. Para saber mais, aqui.

Mural Sueño de una tarde dominical en la Alameda Central. À esquerda, Diego Rivera (menino) e Frida Kahlo; à direita, José Guadalupe Posada. (wikipedia.org)
A tradição mexicana do Día de Muertos foi declarada pela UNESCO patrimônio imaterial da Humanidade.

Numa postagem de 2010, Vamos celebrar os mortos, a Helena falou sobre a festa e colocou fotos de vários produtos artesanais com o tema da festa. A Helena tem este vestido, com estampa sugestiva, da Vivi.



Uma das nossas bolsas-baldinho foi esta, uma das mais cotadas da nossa lojinha.


Para terminar: penso que o Dia de Finados,  possui dois significados muito claros – os de honrar e celebrar os nossos ancestrais. Não devemos esquecer os que já se foram; devemos recordá-los com carinho – é a maneira terrena de consolar-nos a nós mesmos.
(por Cecilia, quase meia-noite)


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Voltamos ...

Faz quatro meses que escrevi a postagem anterior ... Como o tempo passa rápido! Mas estamos trabalhando, não estamos paradas. 
Há pouco tempo fiz um agradinho para mim mesma - este organizador para ser colocado sob a máquina de costura. A Helena me disse que é uma das fotos mais curtidas no Instagram:



Usei o padrão que chamamos de coracoralina, em homenagem à poetisa goiana. A inspiração surgiu de uma viagem que a Helena fez à cidade natal da poetisa - Goiás Velho: Viagem ao interior do Brasil. O PAP para a confecção do padrão está aqui. É muito divertido cortar as tiras, combinar (ou não) as cores. Acho que é um exercício sensorial incrível. AMO!
A ideia para o meu organizador saiu de uma foto que achei no Pinterest. Originalmente é uma capa para máquina de costura. 

Encontrado em pileofabric.com

É fácil e divertido de fazer. Quem se anima? Quem fizer pode nos mandar uma foto?


Também estamos renovando nossa lojinha. Estes estojos são novidade:


Por que não dão uma olhadinha lá?
Não se esqueçam de que estamos também no Facebook!

Por Cecilia.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Depois de algum tempinho...

... volto a escrever aqui. Ficamos ausentes, mas não estamos paradas. A produção tem sido intensa (dentro do possível).
Finalmente, terminei mais um bordadinho da Nina Dias, que continua com seus desafios aqui. O bordado ficou bem coloridinho, não? No carrinho está a gatinha preta, homenagem à primeira gata da Helena, a Virgulina (Quanto diminutivo - tudo carinhoso).


Pela segunda vez, participamos de uma feirinha de artesanato. Este foi o flyer, com os nomes dos participantes:


O nosso foi este, com o logo novo:


O convite para participarmos do evento foi feito pela Denise Elena - a Miudista - uma graça!
Ela trabalha com suculentas ... De acordo com a Wikipedia, são aquelas plantinhas que armazenam água em quantidades maiores que as plantas normais. Assim, elas podem ficar longo tempo sem precisarem ser regadas. E são tão lindinhas!
Esta é a suculenta da Helena:


Esta é a minha:



Ela aparece melhor aqui, no meio das outras suculentas:



Conhecemos o Falk Brito, com sua arte - o origami:


Aqui, nossos artigos:  




A mais procurada


Foi uma tarde bem agradável! Tivemos muitas visitas. Sempre é bom rever amigos e fazer novas amizades.

(por Cecilia)

domingo, 22 de março de 2015

Seis anos de blog

Foi em março de 2009 que nossa aventura começou ... Estamos ainda por aqui, não tão firmes e fortes como no princípio, já que surgiram outras maneiras de comunicar-nos. É o Instagram, é o Flickr, o Facebook ... 
Quando fizemos um ano de blog, escrevi o seguinte: 

Há um ano, no dia 7 de março, começamos nosso diário virtual ou blog ou weblog. Quem me explicou foi a Helena: "Mom, um blog é um diário em que você escreve o que tem vontade de escrever". No meu tempo, costumava-se começar assim: "Meu querido diário, hoje ...". Volto no tempo e vou a Jacarepaguá, ao colégio onde dava aulas de Português, lá pelos anos sessenta, para adolescentes. Minha proposta para que melhorassem a forma de se comunicar (não é essa a finalidade da linguagem?) foi a de que escrevessem diários. Foi feita a promessa de que só eu teria acesso aos textos, analisando a gramática (forma), sem comentar o conteúdo (fundo). Mas como fazer isso, se, segundo meu amado professor Tasso da Silveira, "forma é fundo aparecendo"? As meninas adoraram a ideia; os meninos, nem tanto. E durante algum tempo, lá ia eu pra casa, de ônibus, até a Tijuca, carregada de cadernos cheios de confidências. Fiz amiguinhas que confiavam em mim, até que os caminhos que a vida nos oferece me levaram a outros lugares.

Para comemorar, sorteamos um conjunto de tecidinhos. Quem ganhou foi a querida Rosana Sperotto.


No segundo aniversário, comemoramos com um sorteio também. Escrevi assim:

Como passaram rápido esses dois anos! Começamos o blog despretensiosamente (até o nome, Quilts são Eternos, era provisório!), interessadas em compartilhar técnicas daquilo que sabemos fazer, mostrar nossos trabalhos e coisas bonitas de outros blogs, elucubrar sobre quase tudo... Nesse período, conhecemos e reencontramos pessoas maravilhosas, tanto virtual quanto pessoalmente, e a primeira palavra que me vem à cabeça para descrever essa experiência proporcionada pelo blog é 'troca'. De experiências, opiniões, calor humano!

Foram oferecidas duas possibilidades de escolha:





A sorteada foi a Lívia do Coisas da Livs (não encontrei mais o blog). 

No terceiro aniversário, a postagem se chamou Aniversário do blog! Três anos de alegrias.
Escrevi: 

Hoje, 7 de março, faz três anos que a Helena e eu começamos a escrever sobre nossas experiências com linhas, agulhas, tecidinhos, tesouras, réguas e tudo o que envolve esse mundo mágico do artesanato. Conhecemos pessoas incríveis, talentosas, repletas de calor humano. Foram trocas de experiências memoráveis, incrivelmente enriquecedoras. Muito obrigada a noss@s  quase 600 seguidor@s, vocês nos animam a continuar nossos trabalhos com alegria e prazer.

Sorteamos esta belezura:



Quem ganhou foi a Filipa Farrôpo (creio que também não está mais no mundo dos blogs - fiz uma pesquisa rápida e a encontrei no Pinterest).

No quarto aniversário fizemos uma promoção diferente, que chamamos de Promoção clientes felizes.
O prêmio foi uma das nossas bolsas baldinho: 


A ganhadora foi a Ruby Fernandes, que hoje em dia é nossa parceira. Podem visitá-la aqui: rubyfernandes.com.br



No quinto aniversário não fizemos sorteio. Creio que houve alguma proibição nesse sentido. Não me lembro bem o que foi. Neste sexto aniversário fica o registro. Vamos devagar e sempre, só no sapatinho.
(por Cecilia)

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Menina-Ninho e Livro: um trabalho em parceria

Não sei exatamente quando tive a sorte e o prazer de me deparar com o trabalho lindo da Shirley Soares. Coisas da net... Você entra no perfil de algum conhecido, pula pra outro, e mais outro... quando vai ver, nem sabe mais onde aquilo tudo começou. Só sei que com o trabalho da Shirley foi assim: encantamento imediato, paixão à primeira vista.

"Senhorita"
"Renda"

"Nó"

Ela diz: Tenho por objetivo tentar expressar, de uma forma não-verbal, meus sentimentos, buscas e experimentações. Quando criança, já buscava na arte uma forma para expressar e observar o universo ao meu redor. Utilizo diversos meios para de expressão: desenhos, quadros, murais, esculturas... Meus personagens, que podem ser homens, mulheres e animais, são representados em cenas cotidianas, com traços simples e detalhes em grafismos, fruto de uma vivência na  Amazônia (2002, e demonstram uma infinidade de sentimentos e tranquilidade, típica do interior, gerando no observador empatia imediata.

Sempre tivemos vontade de fazer um trabalho mais autoral, super-hiper-mega exclusivo, com uma tiragem bem reduzida. Entramos em contato com a Shirley para propor a parceria e, para a nossa alegria, ela topou imediatamente. Criou um risco especialmente para nós, que agora estampa a nossa coleção de Baldinhos Menina-Ninho e Livro, numeradas de #1 a #5:

#1

#2

#3

 #4

 #5

Para conhecer melhor o trabalho da Shirley Soares, clique aqui.
Para ver mais fotos das Baldinhos, clique aqui.
Para adquirir a sua Baldinho, faça uma visita à loja. Mas corra, pois são apenas 5 unidades!

(por Helena)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Marcia Baraldi e seu livro pioneiro

Tudo começou em outubro do ano passado, quando recebi um e-mail com uma proposta irrecusável: traduzir para o espanhol um livro chamado "Quilting livre - desvendando segredos". Fiquei empolgada! Ainda mais que havia sido uma indicação da querida Deolinda Moraes, formadora de quilteiras por todo o Brasil

A autora? Marcia Baraldi, de Florianópolis. Marcia Baraldi - que nome mais interessante! Cheio da vogal mais clara, aberta e alegre, com um ditongo crescente no final do nome, o que faz com que tudo fique ainda mais claro, e um suave pouso no i do sobrenome. Um i que não escurece, que traz toda essa luminosidade para uma suave penumbra. Escorreguei na maionese? O que posso fazer? As palavras têm esse efeito sobre mim.

Pois é. E o livro? Por que "pioneiro"? Por que é a primeira vez que se escreve, diretamente em português, sobre o assunto. Trata-se de um livro completo, dividido em três partes: Técnica, Exercícios interativos e Galeria de Quilts. 

Finalmente, no dia 27 de janeiro recebi aqui em casa o exemplar do "Quilting libre - desvelando sus secretos". A Helena ficou encantada com a apresentação de primeira qualidade, as fotos  excelentes e a linguagem clara e simples. 



Meu nome está lá na ficha técnica:


Gosto muito da maneira como a Marcia manifesta sua relação com a arte do quilting (já na versão em espanhol):

“El quilting expresa mi forma de vivir. Hago quilting como quien baila, como una voz que canta, como un atleta corre. Es algo natural para mí. ¡Es mi expresión de vida! Cuando estoy triste, lloro sobre un quilting melancólico; cuando me siento feliz, pongo allí toda mi alegría. ¡Es mi desahogo, mi válvula de escape, mi manera de expresarme!”

Parabéns, Marcia! Muito sucesso! Você merece!

Para conhecer ainda mais a Marcia (que já é muito conhecida):
http://www.marciabaraldi.com.br/
E no Facebook: https://www.facebook.com/marcia.baraldi?fref=ts

(por Cecilia, muito feliz)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Elucubrações num dia chuvoso de janeiro

Janeiro já vai terminando ... Nossos votos de Feliz Natal ainda estão vivos na última postagem de 2014. Muita coisa tem acontecido, e pretendo, pouco a pouco, ir colocando nossas conversas em dia. A Helena está recarregando as baterias, lá em Floripa - ela merece!

Praia do Matadeiro
Enquanto isso, aqui em Brasília, continuo bordando, lendo, escrevendo ... enfim, fazendo as coisas de que tanto gosto. Hoje, olhando as fotos do Instagram da Helena, fiquei pensando que bastam pequeninas coisas para que a gente dê uma olhadinha no passado. E nos lembramos de pessoas que foram importantes na nossa vida e que contribuíram para compor a nossa colcha existencial.
A Helena herdou a caixa de costura da avó paterna, a D. Giselda, ou a vó Zolda, como a Helena a chamava, quando pequenina (acho que "Giselda" deve ser mesmo difícil para uma menininha). Vamos ver o que ela encontrou:

Os tesouros da vovó Zolda
Elucubrações: que chave será essa? Que porta abriria? Seria uma porta? Uma caixa?
Os carretéis? Seriam ainda da mãe da D. Giselda? Por que pensei isso? Não poderiam ser da D. Giselda mesmo? E a lâmina de barbear? Tem quem ainda se lembre? Ainda existe?

Como a Helena escreveu: "Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim ... Todos os santos da vovó."


A resposta para a chave, acho que nunca teremos, salvo se o pai da Helena se lembrar de alguma coisa. Quanto à lâmina de barbear da marca Gillette (que servia também para raspar os pelos das axilas, das pernas - antes de surgirem os diversos tipos de depiladores) passou a designar qualquer tipo de lâmina e passou a se escrever "gilete". E passou a significar outras coisas também ... Ainda existe? Fiquei surpresa: vejam aqui.
Por que pensei que os carretéis não seriam dela? A D.Giselda não era das artes manuais; evidentemente, sabia pegar na agulha para fazer uma bainha ou para fazer pequenos reparos. As artes da D. Giselda eram outras. Violinista e cantora, foi menina-prodígio no piano, lá no interior de Minas. Foi ainda muito jovem para o Rio de Janeiro, onde estudou violino na Escola de Música da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. Lá conheceu um violoncelista e com ele se casou. O canto veio depois de casada. Numa época em que não era muito usual uma senhora de família sair à noite para trabalhar, ela chegou a tocar numa orquestra de uma Rádio do Rio. Mas não continuou e passou a dar aulas em casa e a estudar canto. Participou ativamente da vida musical do Rio de Janeiro como cantora de câmara e de ópera. Sempre achei a D. Giselda uma mulher à frente do seu tempo. Esposa, dona de casa, mãe e artista. Que difícil! 
A Helena e o Guto começaram a estudar música com ela. Como eles gostavam! E ainda tinha a torta de limão de quebra! Devo a ela a ausência da rouquidão que me acometia depois das aulas - os exercícios eficientíssimos de impostação de voz e de canto me salvaram. Devo isso a ela!

Esta foto ilustrava os programas de seus recitais
Bem disse a Helena: "Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim". D. Giselda continua viva no filho, nos netos, nas pequeninas coisas que deixou na caixa de costuras, nas fotos, nas gravações recuperadas pelo neto Augusto e pelo filho Antonio (gravação feita em 1962):




Recordar é viver. Viver é bom. Recordar é bom.

(por Cecilia, feliz que a Helena tenha tido uma avó assim)